Telhados Antigos com Mais de 40 Anos: Manutenção ou Troca Completa?

Os telhados são elementos críticos na proteção de qualquer imóvel, mas com o passar das décadas é natural que sua estrutura e materiais se deteriorem. No Brasil, muitas casas e prédios comerciais ainda possuem telhados com mais de 40 anos de idade, feitos de materiais como telha cerâmica, fibrocimento (amianto), metal ou madeira. Nesses casos, surge a dúvida: vale a pena continuar fazendo manutenção ou é melhor realizar a troca completa do telhado? Neste artigo, discutimos a durabilidade desses telhados antigos, os riscos envolvidos e o custo-benefício de mantê-los versus substituí-los, além das vantagens dos telhados modernos – tudo em uma linguagem acessível e otimizada para você entender e tomar a melhor decisão.
Durabilidade e Riscos Estruturais de Telhados Antigos
Cada tipo de telhado possui uma vida útil estimada, e após 40 anos muitos já atingiram (ou ultrapassaram) esse limite. Veja a durabilidade típica e problemas estruturais esperados em telhados antigos de diferentes materiais:
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Telhas cerâmicas (barro) – Quando bem instaladas e mantidas, telhas cerâmicas são campeãs em durabilidade, podendo durar mais de 50 anos sem perder a funçãotudoconstrucao.com.br. No entanto, após décadas, é comum que algumas peças se tornem frágeis ou trincadas devido à longa exposição ao sol, chuva e mudanças de temperaturabiazam.com.br. Telhas cerâmicas muito antigas podem quebrar com mais facilidade, aumentando riscos de infiltrações e até de telhas deslizando da cobertura em ventanias.
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Telhas de fibrocimento/amianto – Telhados de fibrocimento (também conhecidos pela marca “Eternit”) surgiram como alternativa barata e leve, mas os modelos antigos continham amianto. A vida útil do fibrocimento com amianto gira em torno de 30 a 50 anospainelsandwich.com. Depois disso, o material fica desgastado e quebradiço, podendo liberar microfibras de amianto perigosas no ar painelsandwich.com. Além do risco à saúde (detalhado adiante), placas muito envelhecidas de fibrocimento perdem resistência e podem rachar ou ceder com peso de pessoas ou mesmo com chuvas de granizo. Modelos mais novos de fibrocimento (sem amianto) também são duráveis (30 a 70 anos de vida, em alguns casos, mas após 4 décadas qualquer telha desse tipo merece inspeção minuciosa.
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Telhados metálicos – Coberturas de chapa de aço galvanizado, alumínio ou cobre são conhecidas pela longevidade. Um telhado metálico bem cuidado pode durar de 40 até 70 anos. Ainda assim, em telhados metálicos com mais de 40 anos é importante observar sinais de desgaste, como corrosão/ferrugem em pontos onde a pintura protetora já se foi, parafusos ou fixações soltas e eventuais deformações ou folgas nas chapas. Tais problemas estruturais podem levar a goteiras ou partes do telhado se desprendendo em casos extremos.
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Estrutura de madeira – Independentemente do tipo de telha, muitos telhados antigos têm sua estrutura (caibros, vigas, ripas) de madeira. Após 40 anos, a madeira pode estar enfraquecida por apodrecimento ou ataque de cupins (térmites), especialmente se houve vazamentos ou falta de tratamento preventivo. Madeira deteriorada compromete a sustentação do telhado e aumenta o risco de colapso. É crucial verificar se há mofo, empenamento ou pó de cupim indicando que essa estrutura já não oferece segurança.
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Outros materiais – Alguns imóveis antigos podem ter telhados menos comuns, como telhas de concreto, telhas de ardósia, telhas de madeira (shingles) ou mesmo forros de sapé/taboa em áreas rurais. Em geral, telhas de concreto têm durabilidade similar às cerâmicas (50 anos ou mais), enquanto telhados de madeira ou sapé tendem a degradar bem antes (poucas décadas), por isso telhados muito velhos nesses materiais são raros. Telhas de ardósia (pedra) podem durar muitas décadas, mas necessitam estrutura forte devido ao peso e podem rachar com o tempo. Em qualquer caso, para telhados com idade avançada, valem os mesmos cuidados: inspeção estrutural e atenção a sinais de fadiga.
Riscos estruturais aumentam significativamente em telhados com mais de 40 anos. Mesmo materiais duráveis podem falhar devido ao desgaste acumulado e à falta de manutenção adequada. Infiltrações pequenas, quando ignoradas, podem enfraquecer vigas, lajes e até a fundação do imóvel com o tempo. Sobrecargas inesperadas (uma tempestade intensa, ventos fortes ou peso de um trabalhador fazendo reparos) representam perigo se a estrutura estiver comprometida. Há casos reais que ilustram esse perigo: em Nova Odessa (SP), por exemplo, o telhado de um barracão antigo (com cerca de 50 anos) desabou após uma chuva muito forte, poucos dias depois de a Defesa Civil apontar risco de colapso. Felizmente não houve feridos, mas incidentes assim mostram que um telhado velho pode ruir subitamente se não for reformado a tempo. Em outro caso, no centro do Rio de Janeiro, o telhado de um casarão histórico onde morou Carmen Miranda acabou desabando, devido ao avançado estado de degradação – um sinal de alerta sobre a falta de manutenção em estruturas muito antigas.
Em resumo, do ponto de vista estrutural, telhados com mais de 40 anos exigem máxima atenção. Se múltiplas telhas apresentam trincas, se há pontos de apodrecimento na madeira, ferrugem avançada no metal ou rachaduras no fibrocimento, a troca completa da cobertura pode ser indicada para evitar acidentes. Pequenos reparos podem não ser suficientes quando a estrutura já não oferece a proteção necessária e a integridade do telhado está comprometida.
Riscos à Saúde e ao Patrimônio em Telhados Antigos
Manter um telhado antigo pode trazer riscos não só estruturais, mas também à saúde dos moradores e ao patrimônio da casa. Os principais problemas que surgem em coberturas envelhecidas e mal conservadas incluem:
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Infiltrações, goteiras e mofo: Telhas deslocadas ou fissuradas permitem a entrada de água da chuva, causando manchas de umidade no forro e paredes. Isso favorece o aparecimento de mofo e bolor, que além de danificar a pintura e madeira, liberam esporos prejudiciais à saúde respiratória. Ambientes internos com mofo podem gerar alergias, asma e outros problemas respiratórios nos ocupantes. As goteiras também podem estragar móveis, eletrodomésticos e pisos, causando prejuízos ao patrimônio. Em casos graves, infiltrações prolongadas apodrecem elementos estruturais (como madeiramento do telhado e forros) e podem comprometer a instalação elétrica, aumentando risco de curto-circuito e incêndio.
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Calor excessivo e desconforto térmico: Muitos telhados antigos carecem de isolamento térmico adequado. Materiais como o fibrocimento comum têm desempenho térmico ruim, transmitindo muito calor para dentro da edificação. Quem mora sob um telhado de amianto/fibrocimento antigo sabe que os cômodos ficam abafados e quentes no verão, quase insuportáveis sem ar-condicionado ou ventilador, e podem ficar muito frios no inverno. Já as telhas cerâmicas antigas, se não houver forro ou manta, também acabam trocando calor com o ambiente externo de forma intensa. Esse baixo conforto térmico impacta a qualidade de vida e pode até afetar a saúde – calor excessivo pode causar desidratação e mal-estar, especialmente em idosos e crianças. Além disso, um telhado mal isolado força maior uso de ar-condicionado ou aquecedores, aumentando o consumo de energia (tocaremos mais nesse ponto adiante.
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Riscos do amianto (asbestos): Este é um ponto crítico para telhados antigos de fibrocimento. O amianto presente nas telhas antigas é um material cancerígeno e extremamente perigoso à saúde. Com o envelhecimento, as placas de cimento-amianto tornam-se frágeis e liberam fibras microscópicas no ar, que podem ser inaladas sem que as pessoas percebam. A inalação contínua dessas fibras está associada a doenças graves como câncer de pulmão, mesotelioma (tumor na pleura) e asbestose. Importante destacar que não existe nível seguro de exposição ao amianto – qualquer contato frequente pode representar risco, e por isso seu uso foi proibido no Brasil. Em 2017, o Supremo Tribunal Federal baniu a comercialização e uso de amianto do tipo crisotila em todo o país, reconhecendo o mineral como altamente lesivo à saúde humana. Portanto, se o seu telhado é de amianto e já tem várias décadas, há um forte argumento sanitário para trocá-lo o quanto antes, eliminando esse “fantasma invisível” da sua casa. Inclusive, muitas escolas, prédios públicos e indústrias vêm substituindo coberturas de amianto por materiais modernos, visando proteger a saúde de todos que frequentam esses locais.
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Outros riscos ao patrimônio: Telhados muito antigos podem não atender às normas de construção atuais, incluindo requisitos de resistência a ventos e cargas. Isso significa maior chance de destelhamento durante temporais severos. Há também o risco de partes do telhado se desprenderem – por exemplo, uma telha solta ou quebrada poderia cair de altura e ferir alguém ou danificar um veículo. Em imóveis comerciais antigos, um telhado com goteiras ou aparência deteriorada pode prejudicar a imagem do negócio e afastar clientes, além de representar risco de responsabilidade civil em caso de acidentes.
Resumidamente, manter um telhado degradado pode sair caro: não só em gastos de manutenção constantes, mas em potenciais custos com saúde e perdas materiais decorrentes de um ambiente insalubre ou de danos causados pela cobertura ineficiente.
Manutenção Contínua vs. Troca Total: Análise de Custo-Benefício
Quando surgem problemas em um telhado antigo, a primeira reação costuma ser contratar reparos pontuais – trocar algumas telhas quebradas, remendar infiltrações, aplicar impermeabilizante provisório. Mas será que insistir em manutenções recorrentes compensa, ou é melhor partir para a troca completa do telhado? A resposta depende do estado geral da cobertura e da frequência dos problemas, mas alguns aspectos de custo-benefício podem ser considerados:
1. Frequência e custo das manutenções: Se o telhado já apresenta vazamentos frequentes a cada chuva forte, muitas telhas quebram todo ano e o madeiramento vive empenando, os gastos com consertos vão se acumulando. Cada reparo isolado pode parecer barato, mas no conjunto anual esses custos podem surpreender. Por exemplo, troca de algumas telhas e remendos de infiltração podem custar alguns milhares de reais a cada ocorrência, incluindo mão de obra e materiais. Além do dinheiro, há o inconveniente recorrente de lidar com obras, goteiras dentro de casa e possíveis danos internos a cada nova infiltração. Nesse cenário, investir de uma vez na substituição integral tende a ser mais vantajoso financeiramente no médio prazo, eliminando gastos repetitivos e dores de cabeça constantes. Em outras palavras, quando os custos de reparo começam a se aproximar dos custos de uma substituição, é hora de considerar seriamente a troca.
2. Extensão dos danos e idade do telhado: Um ponto chave é avaliar se os problemas são localizados ou abrangentes. Uma coisa é ter que consertar uma calha ou substituir uma dúzia de telhas após um vendaval – situações pontuais onde a manutenção claramente se justifica. Outra bem diferente é ter várias infiltrações em diferentes pontos, dezenas de telhas muito antigas estufando ou quebrando, forro embolorado, estrutura enfraquecida, etc. Se o telhado como um todo está chegando ao “fim da vida”, a manutenção vira enxugar gelo. Nesses casos, a reforma completa é recomendada para resolver a causa raiz dos problemas e preservar o imóvel a longo prazo. Adiar a substituição só leva a prejuízos maiores no futuro, pois um telhado comprometido não protege contra chuvas e intemperes, causando danos estruturais em cascata.
3. Desvalorização do imóvel: Um telhado velho e problemático afeta o valor de mercado da propriedade. Quem já tentou vender ou alugar um imóvel com goteiras no teto ou forro manchado sabe o impacto negativo que isso tem. Já um telhado novo ou totalmente reformado é um dos aspectos mais valorizados de uma casa pelo comprador. Os potenciais compradores sentem-se confiantes em investir quando veem que não terão de lidar com problemas imediatos no telhado. Portanto, investir na troca pode valorizar o imóvel, ao passo que mantê-lo remendado pode ser um falso economizar (você pode acabar perdendo dinheiro na hora da venda ou tendo que conceder descontos maiores).
4. Financiamento e planejamento: Uma reforma total de telhado exige investimento significativo à vista, algo que nem sempre é trivial. No entanto, hoje existem soluções como financiamento para reforma ou parcelamento por empresas especializadas, que facilitam diluir esse custo. Também é possível programar a obra para períodos de estiagem (no Brasil, meses de inverno ou seca) para minimizar transtornos. Em muitos casos, fazer de uma vez sai mais barato do que várias pequenas contratações de pedreiros ao longo dos anos. Além disso, um projeto bem feito por engenheiro ou arquiteto garante que a obra seguirá normas da ABNT e não terá surpresas – o que evita gastos extras por erro ou retrabalho.
Em suma, manutenção contínua só vale a pena se o telhado estiver estruturalmente saudável e os problemas forem leves e esporádicos. Para um telhado com 40, 50 anos de uso, que apresenta falhas recorrentes, a troca completa geralmente é mais econômica e segura a médio e longo prazo. Claro que cada caso deve ser avaliado profissionalmente, mas a experiência mostra que insistir em consertos paliativos de um telhado muito antigo sai mais caro – e arriscado – do que investir em uma cobertura nova de qualidade.
Eficiência Energética e Conforto Térmico
Você sabia que o telhado influencia diretamente na temperatura e conforto da sua casa? Telhados antigos tendem a ser termicamente ineficientes, enquanto telhados modernos podem melhorar muito a eficiência energética da edificação. Ao decidir entre manter ou trocar um telhado de 40+ anos, considere também o aspecto do conforto térmico e da economia de energia:
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Isolamento térmico precário nos telhados antigos: A maioria dos telhados mais antigos no Brasil foi construída sem mantas térmicas, forros adequados ou tecnologias de isolamento. Muitos imóveis antigos simplesmente têm as telhas expostas por cima e forro simples embaixo (ou nem isso). Com o tempo, ainda ocorre a degradação de qualquer isolante que tivesse sido instalado. O resultado é que a casa esquenta demais no verão e esfria no inverno, pois o telhado não barra o calor como deveria. Frestas e telhas empenadas também permitem troca de ar indesejada – ar quente entrando ou saindo – o que desregula a temperatura interna e sobrecarrega aparelhos de climatização. Se você percebe que seu imóvel anda mais quente que o normal ou difícil de climatizar, pode ser um sinal de que o telhado envelhecido já não oferece conforto térmico adequado.
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Gastos maiores com energia: Como consequência desse isolamento deficiente, moradores de casas com telhados antigos costumam gastar mais com ar-condicionado no calor e com aquecedores no frio. Em regiões quentes, um telhado de fibrocimento antigo (material conhecido por absorver calor) pode elevar significativamente a temperatura interna. Estudos mostram que materiais modernos podem reduzir a temperatura interna em vários graus. Por exemplo, a Brasilit desenvolveu telhas de fibrocimento térmicas “TopComfort” capazes de diminuir até 4 °C a temperatura interna em comparação a uma telha fibrocimento comum, graças à cor clara e aditivos refletivos. Já telhas do tipo sanduíche (com camada isolante de EPS, PU ou lã de vidro) podem isolar ainda mais. Ou seja, trocar o telhado pode pagar-se em parte na forma de contas de luz mais baixas e ambientes mais agradáveis para se viver.
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Conforto acústico: Além do calor, telhados antigos (especialmente de metal ou fibrocimento) podem tornar os ambientes barulhentos durante chuva forte ou granizo. Materiais modernos com isolamento melhoram também a acústica, reduzindo o ruído da chuva. Isso aumenta o conforto, permitindo, por exemplo, conversar ou assistir TV tranquilamente mesmo debaixo de temporal – um benefício indireto de uma cobertura renovada.
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Ventilação e umidade: Ao reformar um telhado antigo, pode-se aproveitar para instalar itens que melhoram a ventilação do sótão e a expulsão de calor, como exaustores eólicos ou cumeeiras ventiladas, além de substituir calhas e rufos para evitar infiltrações. Um telhado moderno bem projetado minimiza problemas de umidade interna, pois não deixa brechas para infiltração e controla a condensação. Isso contribui para uma casa mais saudável, livre de mofo e com ar de melhor qualidade.
Em resumo, telhados antigos geralmente desperdiçam energia e sacrificam o conforto térmico, ao passo que telhados novos oferecem a chance de incorporar isolamento térmico e soluções inteligentes. Assim, além de resolver goteiras, a troca do telhado pode trazer como bônus uma casa mais fresca no verão e quente no inverno, com economia de energia – um ponto importante no cálculo do custo-benefício.
Vantagens de Atualizar para um Telhado Moderno
Optar por substituir um telhado de 40+ anos por um sistema de cobertura moderno traz diversos benefícios além de simplesmente acabar com os vazamentos. Veja algumas vantagens claras da troca para um telhado novo nos dias de hoje:
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Segurança e tranquilidade: Um telhado novo, feito dentro das normas atuais, devolve a tranquilidade de não se preocupar a cada chuva forte. A cobertura moderna protegerá melhor contra tempestades, evitando infiltrações e danos. Também elimina riscos iminentes de colapso em estruturas precárias. Como mencionado, adiar a troca de um telhado comprometido pode resultar em despesas emergenciais muito maiores no caso de um desabamento ou dano estrutural grave com a reforma, você “zera o cronômetro” da vida útil do telhado e garante segurança por mais muitas décadas.
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Valorização do imóvel e estética renovada: Imóveis com telhados reformados ganham valorização imediata no mercado imobiliário, tanto pelo apelo estético quanto pela garantia estrutural. Um telhado novo costuma melhorar bastante a aparência da fachada – imagine trocar aquelas telhas velhas, encardidas e remendadas por uma cobertura novinha e bem alinhada. O visual da casa ou prédio fica mais atraente e isso aumenta seu valor percebido. Além do mais, compradores e inquilinos dão muito valor a um telhado em bom estado, pois sabem que não terão gastos nem surpresas desagradáveis. Em termos simples, a troca do telhado é uma reforma que retorna o investimento ao agregar valor patrimonial.
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Novos materiais mais eficientes e sustentáveis: Atualmente há uma variedade de materiais de cobertura com tecnologia superior comparada aos produtos de 40-50 anos atrás. Ao modernizar o telhado, você pode optar, por exemplo, por telhas metálicas Galvalume, que têm altíssima durabilidade e resistência à corrosão; telhas termoacústicas (sanduíche) com núcleo isolante, para máximo conforto; telhas de fibrocimento sem amianto, que são leves, baratas e seguras; ou ainda telhas de concreto coloridas, de grande resistência. Muitos desses materiais novos são mais sustentáveis – telhas metálicas podem ser 100% recicladas ao fim da vida útil, telhas cerâmicas utilizam argila natural e também podem ser recicladas, e obviamente eliminam substâncias nocivas como o amianto. Alguns sistemas modernos vêm preparados para receber manta de subcobertura, isolantes térmicos e até integração com painéis solares, algo difícil de implementar em telhados muito antigos. Também é possível substituir toda a estrutura de madeira por estrutura metálica (steel frame), que evita problemas de cupim e costuma ter manutenção quase nula, garantindo maior longevidade à cobertura.
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Melhor eficiência energética e sustentabilidade: Conforme discutido, um telhado novo bem planejado melhora o isolamento e reduz gastos de energia. Adicionalmente, ao trocar o telhado você pode incluir soluções sustentáveis como: telhados verdes (coberturas ajardinadas) que melhoram a climatização e absorvem água da chuva; telhas fotovoltaicas ou placas solares para geração de energia limpa, reduzindo sua conta de luz; e sistemas de captação de água pluvial embutidos, para reúso em irrigação ou limpeza. Essas inovações aumentam a sustentabilidade da edificação e podem até gerar economia financeira direta (como no caso da energia solar). Um bom projeto de telhado moderno vai considerar a realidade climática da sua região e incorporar materiais e técnicas que deixem a casa mais eficiente e ecológica.
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Menor manutenção nos próximos anos: Trocar todo o telhado é também começar um novo ciclo de vida para a cobertura. Um telhado atual, com materiais de qualidade, poderá requerer apenas manutenções mínimas (limpeza de calhas, inspeções anuais) e ficar décadas sem grandes reparos, diferente de um telhado velho que demanda atenção constante. Isso significa menos preocupação e custo de manutenção ao longo dos anos. Por exemplo, se você instalar telhas cerâmicas de boa procedência, poderá contar com uma durabilidade garantida e pouca necessidade de substituição de peças. Telhas metálicas, por sua vez, sendo leves e modulares, facilitam qualquer eventual reparo futuro. De todo modo, você terá um telhado “como novo”, pronto para enfrentar chuva, sol e vento sem sobressaltos.
Em resumo, as vantagens de um telhado moderno vão além de acabar com goteiras – envolvem ganhos de segurança, saúde, conforto, economia e valorização patrimonial. Cada caso deve ser analisado, mas na maioria das vezes, substituir um telhado antigo por um novo é um investimento inteligente que se paga em múltiplos benefícios para o proprietário.
Exemplos Reais e Conclusão
Para finalizar, vale reforçar com alguns exemplos reais a importância de cuidar dos telhados antigos. Já citamos casos de colapso de telhados antigos por falta de reforma (como o galpão de Nova Odessa e o casarão histórico no Rio), que felizmente não tiveram vítimas, mas poderiam ter causado tragédias. Por outro lado, também vemos iniciativas positivas: diversas prefeituras e órgãos públicos têm promovido a troca de telhados antigos de escolas e hospitais, retirando telhas de amianto e instalando coberturas novas de fibrocimento ou metálicas para garantir segurança aos usuários. Por exemplo, em Porto Alegre (RS), a tradicional Escola de Saúde Pública, construída nos anos 1960, recentemente teve todo seu telhado trocado após mais de 60 anos, substituindo o antigo por telhas modernas de fibrocimento e impermeabilizando estruturas. A reforma não só eliminou infiltrações como melhorou as instalações internas e a conservação do patrimônio público, segundo a Secretaria de Obras.
Essas situações ilustram bem o ponto central: telhados antigos demandam ação preventiva. Se o seu telhado já ultrapassou quatro décadas de uso, fique atento aos sinais de alerta (goteiras, telhas quebradas, empeno, trincas, etc.) e não hesite em buscar avaliação profissional. Muitas vezes, vale mais a pena investir na troca completa – você ganha em segurança, saúde, conforto e valorização do imóvel, economizando em manutenções futuras e evitando riscos graves. Já a manutenção pode ser a escolha certa se a estrutura ainda estiver sólida e os problemas forem poucos, mas exige disciplina em inspeções regulares e reparos imediatos quando necessários.
Concluindo, cada telhado tem sua história e condição, mas nenhum foi feito para durar para sempre sem cuidados. Telhados com mais de 40 anos já cumpriram seu papel e, na maioria dos casos, substituí-los por sistemas modernos traz muito mais benefícios do que continuar remendando-os. Faça as contas, consulte especialistas de confiança e tome a decisão que proteja melhor sua casa, sua família e seu investimento. Lembre-se: um bom telhado é sinônimo de tranquilidade e proteção por muitos e muitos anos.
Fontes Confiáveis
- Blog Biazam – Reforma em telhado: quando trocar a cobertura? (Dicas de manutenção e sinais de desgaste em telhados)biazam.com.brbiazam.com.brbiazam.com.br
- Desentupir 24h – Por que a manutenção de telhados é importante? (Importância da manutenção preventiva e durabilidade típica dos telhados)desentupir24h.com.br
- Boeck (Manutenção Predial) – Com que frequência devo trocar o telhado metálico? (Vida útil de telhados metálicos e sinais de substituição)boeck.com.brboeck.com.br
- Leroy Merlin Blog – Telhas de fibrocimento: o que são e quais as melhores (Vantagens, durabilidade e diferenciais das telhas de fibrocimento sem amianto)blog.leroymerlin.com.brblog.leroymerlin.com.br
- Tudo Construção – Telha cerâmica: resistência e durabilidade (Dados sobre vida útil de telhas cerâmicas acima de 50 anos)tudoconstrucao.com.br
- Max Telhados (Curitiba) – Reforma de telhados: como renovar e valorizar sua casa (Benefícios da reforma na valorização do imóvel e eficiência energética)maxtelhados.com.brmaxtelhados.com.br
- Panel Sandwich Group – Como reconhecer o amianto no telhado? (Artigo técnico sobre amianto, riscos à saúde e ciclo de vida ~30-50 anos de coberturas de fibrocimento)painelsandwich.compainelsandwich.com
- Instituto Nacional de Câncer / STF – Proibição do uso de amianto crisotila no Brasil (Notícia oficial sobre banimento do amianto em 2017 e seus riscos cancerígenos)gov.brgov.br
- Correio Popular – Telhado de barracão antigo desaba (Notícia sobre desabamento de telhado de 50 anos em galpão de Nova Odessa, 2020)correio.rac.com.br
- Estado de Minas – Telhado de prédio histórico onde viveu Carmem Miranda desaba no Rio (Notícia de 2024 sobre colapso de telhado em imóvel histórico no RJ)em.com.br
- Secretaria de Obras RS – Reforma do telhado da Escola de Saúde Pública (Release de 2024 sobre troca de telhado antigo por novo, benefícios à instituição)obras.rs.gov.brobras.rs.gov.br